Ao longo dos últimos anos, temos assistido, à semelhança do que se passa no resto da Europa, a um aumento regular da incidência do Cancro no nosso país, a uma taxa constante de aproximadamente 3% ao ano.
Este aumento resulta do envelhecimento da população , fruto do aumento da taxa de sucesso no tratamento tanto do Cancro como de outras patologias aumentando a probabilidade do aparecimento de novas neoplasias.
Aliados a estes factos, estão também presentes modificações dos estilos de vida, com impacto significativo na incidência de Cancro
As causas evitáveis de Cancro são de grande importância, não sendo nunca demais realçar o papel do tabaco, como a causa evitável mais importante.
Outros factores de risco conhecidos, como a exposição solar, os erros alimentares, a obesidade, o consumo excessivo de álcool e a infeção por alguns vírus, são áreas de importante intervenção, na educação dos cidadãos na literacia da saúde.
O rastreio do cancro permite detetar a doença ainda em fase subclínica
tem como objetivo reduzir a mortalidade por cancro através de um diagnóstico cada vez mais precoce da doença e das lesões percursoras.
Qualquer programa de rastreio está dependente de uma sequência de intervenções que vão desde a identificação da população alvo até à terapêutica e vigilância após tratamento, passando pelos processos de convocação da população definida ou pelo diagnóstico
Os programas de rastreio organizado, com todos os elementos daquela cadeia adequadamente instituídos, revelaram-se mais eficazes do que os rastreios oportunísticos (não organizados e não monitorizados).
São habitualmente geradores de menos iatrogenia, mais económicos, podem ser melhor avaliados que os rastreios oportunísticos e, se necessário, suspensos mais facilmente.
A evidência científica atual é consensual sobre a utilidade de programas de rastreio do cancro para três patologias oncológicas: cancro do colo do útero, cancro da mama e cancro do cólon e reto.
Nestas patologias é possível demonstrar que a instituição do rastreio conduz a uma redução das taxas de mortalidade da ordem dos 80%, 30% e 20% respetivamente.
• Rastreio do cancro do colo útero: citologia cervical nas mulheres com idade de início não antes dos 20 e não depois dos 30 anos e até aos 60 anos;
• Rastreio do cancro da mama: mamografia cada 2 anos nas mulheres dos 50 aos 69 anos;
• Rastreio do cancro colo-rectal: pesquisa de sangue oculto nas fezes em homens e mulheres dos 50 aos 74 anos.
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